sexta-feira, 16 de outubro de 2009


DO TEMPO VORAZ


Um dia consumirei o tempo!

Traçarei por fios rugas

Devorarei suas linhas

Pulsarei vagarinho...

Vagarinho seus ponteiros

Parando pouco a pouco

O desenrolar de sua escala.

Quem sabe por um instante...

Meu rítmo cortante, ferruginoso,

Estacionará a sua excelência? Ah! Assim...

Na estação dormência...

Pararei ou congelarei meu tempo

Apenas para sentir um gostinho:

Sim, agora sim! Estou livre do fim...

Na eterna lembrança...


-Clécia-

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