segunda-feira, 15 de março de 2010

CONTO: A NOVATA


Numa escola qualquer, destino e endereço incertos, muita coisa, muitos eventos, projetos e trabalho para toda a comunidade escolar. Pois bem, num desses projetos, foi inserido o reconhecimento de uma aula de campo, aquelas em que os professores junto com a equipe técnica da escola, viajam para verificar se seria positivo ou não os alunos fazerem trabalhos interdisciplinares, na observação do meio ambiente e assim, apresentar uma redação, um relatório em grupos.

Então a viagem foi para uma região onde a petrobras fazia a exploração de petróleo, deixando ou não o ambiente estagnado. Este era o objetivo do reconhecimento. Mas entre os professores havia uma novata, jovem, cheia de sonhos, feliz ainda bebê na profissão, cheia de energia, vibrando por ser lembrada para a tal viagem.

Eram ao total, sete profissionais em educação: Três professores, três professoras e uma supervisora. Todos numa kombi, nova, branco e assim mesmo, sem um ar condicionado para um refresco. Pois bem, a viagem foi uma aventura para aquela professorinha, doce e novata.

Mas os professores em quase todas as paradinhas que faziam, inventavam de beliscar uns petiscos, em geral, com bastante gordura, como por exemplo: Queijos de todos os tipos, biscoitos recheados, uma linguicinha, e até uns mais afoitos, escondiam dos outros aquela bicadinha em tomar uma cervejinha bem discreta. Bem longe dos olhos curiosos da supervisora, não era verdade?

Entre uma paradinha e outra a situação se repetia. O ambiente lindo, de praias, mata atlântica, aqui e ali, lamaçal, vegetação típica de agrestes, um verde se contrastando ao olhar seco de plantas já sofridas pela a ação do homem. E portanto, resolveram que não faria a tal viagem em um bis com os alunos, devido aos probleminhas de acesso.

Enfim, retornaram da viagem na bendita kombi, quente por dentro e um enorme sol que castiva todos naquele reconhecimento aventura. Lá para as tantas, começou o desgaste, suor, sono, ressecas de uns, eliminação de gases por outros. E isto ferveu na volta, expeliam tantos gases claros e em subterfúgios que deixou o ar assim, quase insuportável. Aquela professorinha novata, assustada, se contorcia, fechava o nariz, mechia para lá e para cá numa inquietação quase irreconhecível, daquela doce mocinha!

Chegando o local onde iria descer, já tinha suportado tudo de ar poluído que merecia, dos gases expelidos por um de seus amigos professores, que insistiu de fica ao seu lado na viagem de volta. Ela, novata, doce, bem tímida, levantou-se, armando-se de um belo bumbum num short apertado para descer, não se segurou, soltou um pum alto e em bom tom! Meu Deus! E quem foi o contemplado para receber aquela enorme combustão? Seu próprio colega e algoz!

-Angel-

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