quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

ANJO NEGRO


Vislumbrei-me de asas, colei-me no ar,
A vontade de voar, voar, voar,
Encanta-me, veste-me de plumas,
Negras plumas, sombras negras,
De explosões de sentidos que sou.
Tudo e absolutamente tudo, toca-me,
Efervescente, quebra-se comigo,
Destilo sangue, gosto de sangue,
Anseio a vingança de minha própria vida.
Seria isso? Ou o orgasmo próprio?
Apropriado em mim, colado como o vento.
Ah! Como sou eu agora! Sopro quente,
Vísceras iradas, gritantes, vingativas,
Como parar? Mas como tentar parar?
Como uma neurose negra
Sorvo cada segundo o veneno que sou.
Ah! Como sou eu agora! 
Um lindo e perfeito anjo negro!

-Angel-

Obs: Foto e a inspiração do poema do filme- O Cisne Negro.

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